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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Relâmpago

Passa-se a vida sob os olhos como um raio.
É o esvair do fôlego da criança que se faz velho.
Roubado pelo tempo, tenta fugir o gaio.
É o periélio a vida e a morte é o afélio.

Ah, se não houvesse mais relógios pra mim;
Diria ao tempo que o tempo acabou.
E não escravo mais seria do tempo que restou,
Que me empurra veemente direto até o fim.

Do que fazer desse estupor que a vida nos faz?
Horas felizes aos sorrisos que algo nos trás;
Horas desditosas aos prantos que a dor nos jaz...

É a vida, todo esse relâmpago de um prazer breve;
De conflitos amontoados que o poeta escreve
Para que fique algo antes que a morte o leve...

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