Pesquisar Textos Antigos

sábado, 13 de fevereiro de 2010

A caminho de Pasárgada...

A caminho de Pasárgada passo por Persépolis.
Na entrada da cidade, Zoroastro, sentado à pedra
Diz-me que o mundo dos manes é dos grandes reis.
Sem amigos na cidadela, vago as ruas de vedra...

Em Persépolis, os montes verdes estão cinzentos;
Não vejo as árvores e suas sombras deleitosas.
Apenas o ocre da terra e os furiosos ventos;
Não há nas ribeiras do rio ciprestes de amoras...

Em Pasárgada sou inimigo do rei e dos hipócritas;
Não tenho escolhas, cama nem mulheres corruptas.
Sou o malquisto, no inferno dos prazeres dos Persas.

Pois roubei o facão da morte e tornei-me escuso.
Um pobre perdido, a cada esquina do acaso,
A espreitar a guilhotina do ocaso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Números de Visitantes Desta Página